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Cintilografia de Mamas (bilateral)

Introdução:

O ⁹⁹ᵐTc-Sestamibi é um radiofármaco comumente utilizado para avaliação de perfusão miocárdica, mas sua captação também pode ocorrer em neoplasias, sendo proporcional à atividade celular.
Nesse contexto, a cintilografia de mamas é um método que pode atuar de modo complementar aos exames radiológicos convencionais, em casos com alguma limitação/menor sensibilidade de detecção, a exemplo de pacientes com mamas densas ou com distorção arquitetural (Figuras 1 e 2).

Indicações:

Pode ser utilizado no estadiamento e na monitoração da resposta terapêutica no câncer de mama.

Radiofármaco:

⁹⁹ᵐTc-Sestamibi.

Preparo:

Jejum de 4 a 6 horas, exceto água.

Como é feito o exame?

Após a abertura da ficha cadastral, paciente será encaminhada (o) para uma breve entrevista e análise dos exames previamente realizados.
As imagens são adquiridas em 5 a 10 minutos após a administração intravenosa do radiofármaco. A (o) paciente deve ser posicionada (o) em decúbito ventral (de bruços) com as mamas pêndulas, encaixadas em orifício de colchão de espuma e a aquisição das imagens tem duração média de 40 minutos.

Efeitos colaterais e contraindicações ao exame:

Os efeitos colaterais são relacionados à injeção do radiotraçador, podendo ocorrer, eventualmente, dor e vermelhidão local.
É contraindicado o exame em pacientes lactantes, bem como em pacientes com pouca mobilidade, devido ao posicionamento necessário.

Como solicitar:

Cintilografia de Mamas (bilateral) – Código TUSS: 40708063

Imagens:

Figura 1: Cintilografia de mamas com ⁹⁹ᵐTc-Sestamibi evidencia área focal hiperconcentrante, correspondente a carcinoma ductal invasivo.

 

Figura 2: Cintilografia das mamas com ⁹⁹ᵐTc-Sestamibi  nas projeções lateral (A) e anterior (B) demonstra área focal hiperconcentrante no quadrante superolateral da mama direita.

Considerações finais:

  • Existem câmaras cintilográficas dedicadas para aquisição das imagens mamárias, com alta capacidade de resolução espacial e maior sensibilidade para detecção de lesões.
  • Atualmente, o método está em desuso com o avanço dos métodos híbridos, sendo o PET/CT 18F-FDG o mais utilizado.
  • Outros traçadores para PET/CT foram desenvolvidos e estão em estudo para aplicações na neoplasia de mama, como o 18F-Fluoroestradiol (FES), traçador que possui afinidade aos receptores de estrógeno e pode contribuir no estadiamento e para predizer resposta à terapia hormonal.

Referências bibliográficas

  • O’Malley JP, Ziessman HA, Thrall JH. Nuclear Medicine and Molecular Imaging: The Requisites. 5th ed. Philadelphia: Elsevier; 2020. Chap 13 – Oncology – Beyond Fluorodesoxyglucose; p. 1002-08.
  • Mettler Jr FA, Guiberteau MJ. Essentials of Nuclear Medicine and Molecular Imaging. 7h ed. Philadelphia: Elsevier; 2018. Chap 10 – Non-PET Neoplasm Imaging and Radionuclide Therapy; p. 321-3.
  • Marín PR, Ruiz GM, Castellón MS, Iborra EL, Marín CH, Navarro JF. Is the result of breast Tc-99m mibi scintigraphy a prognostic factor for survival in invasive breast cancer?. Revista de Senología y Patología Mamaria, 2021; 34(1), 23-9.
  • Ulaner GA. PET/CT for patients with breast cancer: where is the clinical impact?. AJR, 2019; 213(2):254-65.
  • Piccardo A, Fiz F, Treglia G, Bottoni G, Trimboli P. Head-to-head comparison between 18F-FES PET/CT AND 18F-FDG PET/CT in estrogen receptor-positive breast cancer: a systematic review and meta-analysis. Clin. Med. 2022; 11(7): 1919.

 

Autora: Dra. Mayra Coimbra  – CRM-SP 213.014 – Médica Nuclear

 

 

CRM / SP 213.014 – Médica Nuclear
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